Transporte de alimentos: desafios e soluções

O transporte de alimentos é um setor que implica muitos cuidados. A movimentação de itens, muitas vezes perecíveis, frágeis ou sensíveis a fatores externos, demanda uma série de procedimentos fundamentais para a gestão logística.

São desafios que se põem à logística do transporte de alimentos aos quais o gestor deve estar atento. O manuseio, acomodação, refrigeração, modelo de caminhão e até o tipo de rota, sem falar na legislação sanitária, são pontos que precisam ser trabalhados em todo o processo de movimentação.

Afinal, falamos de um tipo de carga que diz respeito diretamente à saúde e ao bem-estar de milhões de consumidores. Aqui vamos trazer alguns desafios importantes para o segmento de alimentos, como também procedimentos e soluções para facilitar a gestão deste tipo de transporte.

Acondicionamento e armazenamento

Os alimentos e suas embalagens, em geral, estão sujeitos a avarias que podem comprometer até sua performance comercial no ponto de venda. Ninguém quer comprar um pão de forma todo esfarelado, uma lata de leite em pó amassada ou um pacote de café rasgado.

Então, o primeiro ponto a ser observado é o tipo de embalagem na qual o alimento é transportado. Não só a embalagem unitária, como também as caixas que acondicionam os lotes dos produtos.

Os paletes são os meios mais comuns e eficientes de transportar alimentos. Eles protegem as embalagens e otimizam sua movimentação. Eles devem estar em boas condições e serem condizentes em tamanho e material com o tipo de operação que será realizado.

Além dos paletes, o gestor deve estar atento aos contentores e contêineres que acondicionam os produtos, assim como as empilhadeiras que serão usadas e os modelos de caminhões que farão o transporte da carga.

A colocação das mercadorias no veículo, inclusive, é importante. Os produtos devem ser acondicionados e fixados sem o risco de baterem entre si, ficarem soltos e sambando dentro do compartimento de carga, ou imprensados demais.

A ordem de disponibilidade da carga dentro do veículo merece uma organização por parte dos gestores e operadores. Ainda mais quando o caminhão leva mais de um tipo de produto e/ou de marca para entregas em mais de um ponto de venda. Isso vai evitar manuseios desnecessários e minimizar riscos de avarias nas embalagens.

Climatização e refrigeração no transporte de alimentos

Os perecíveis demandam refrigeração, mas outros tipos de alimentos também precisam estar sob temperaturas adequadas e/ou controladas. Por isso, é necessário um cuidado com este aspecto desde o armazenamento dos produtos, passando pelo transporte e distribuição até o ponto de venda.

Os armazéns e depósitos devem ser limpos, amplos, ventilados e protegidos do sol. No caso de cargas específicas e perecíveis, deve-se investir em equipamentos de refrigeração adequados, como caminhões frigoríficos e câmaras refrigeradas.

Outra dica é investir em sistemas de monitoramento de temperatura. Por meio de sensores, é possível verificar em tempo real a temperatura do ambiente onde a carga esteja, seja no armazém, seja no caminhão. Esses dispositivos permitem que qualquer variação seja alertada e corrigida rapidamente.

De uma ponta a outra

Neste processo, é preciso envolver toda a cadeia. Por isso, fornecedores e parceiros também devem estar alinhados aos cuidados da operação. Todos devem estar comprometidos com as regras para o transporte dos alimentos, assim como cientes de suas responsabilidades dentro da operação.

Desta forma, a capacitação periódica dos colaboradores se mostra indispensável para que o transporte de alimentos aconteça sem riscos. Cursos de segurança alimentar e do trabalho são sempre bem-vindos. Investir em equipamentos modernos e ergonômicos para o manuseio das cargas também vai minimizar riscos e melhorar a produtividade.

Rotas

A definição da rota é um desafio na logística do transporte de alimentos. O gestor deve fazer o planejamento de trajetos para otimizar o tempo, ainda mais quando falamos de cargas perecíveis. Então, o ideal é traçar itinerários eficientes considerando a distância, tempo necessário, condições das vias e vida útil dos produtos.

O ideal é investir em telemetria e sistemas de monitoramento de frotas. Com essas ferramentas, o gestor consegue mapear a eficiência logística de cada rota, além do veículo e do operador. E fazer adequações necessárias de modo mais rápido para otimizar os trajetos, reduzir custos e diminuir o tempo de entrega.

Rastreabilidade

Monitorar o transporte de alimentos é importante, mas não falamos apenas da frota. A rastreabilidade dos alimentos é fundamental dentro dessa logística. Utilize tecnologias como códigos de barras, QR Codes e ferramentas digitais de gestão de estoque para fazer o acompanhamento das mercadorias.

Desta maneira, é possível rastrear cada lote de produto – desde a sua origem até o ponto de venda. Caso ocorra algum problema de segurança alimentar, extravio de mercadoria ou recall por parte da empresa produtora, fica mais simples identificar o lote e agir com maior rapidez.

Regras sanitárias no transporte de alimentos

O operador de transporte de alimentos deve seguir as regulamentações sanitárias do setor. Armazenamento, transporte e distribuição precisam estar de acordo com as normas previstas.

Treinamento e capacitação dos funcionários, investimento em ferramentas digitais e equipamentos e práticas de higiene e de segurança alimentar são a base para uma logística do transporte de alimentos eficiente.

 

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