Para muitos, é uma palavra difícil e estranha. Para outros, um componente misterioso dos automóveis. Só que a junta homocinética é uma das peças mais importantes do carro e fundamental para que ele exerça sua principal função: movimentar-se.
De forma sucinta, o equipamento auxilia a força do motor a ser transmitida para as rodas, tracionando-as e fazendo com que elas girem de modo correto. Porém, neste artigo, vamos explicar detalhadamente como funciona, para que serve e quais são os sinais que indicam que ela vai dar problema.
O que é junta homocinética e para que serve?
A junta homocinética faz a conexão direta entre o cubo da roda e o semieixo da transmissão (que está ligado ao câmbio). Desta forma, o conjunto transmite a potência gerada pelo motor da maneira mais eficiente possível para as rodas, em diferentes angulações entre os eixos.
Por isso que a junta homocinética é considerada fundamental para que o carro ande. Qualquer defeito ou falha na peça vai comprometer essa transmissão da energia do motor e as rodas não serão tracionadas corretamente.
Ou seja: um problema na peça pode fazer o carro não andar. Assim, a manutenção requer atenção especial. Mas, antes, vamos entender mais sobre a peça.
Os principais tipos de junta homocinética
Antes de mais nada, existem dois tipos principais de junta homocinética: fixa e deslizante. Elas ficam posicionadas em cada uma das extremidades do eixo, basicamente desempenham a mesma função, só que têm nomes distintos justamente por causa do movimento diferente que executam.
Assim, a junta fixa atua entre o eixo homocinético e o eixo da roda. Ela traz um desenho mais simples justamente para minimizar ruídos e atritos.
Já a deslizante faz a ligação entre o eixo homocinético e o câmbio e, ao contrário da fixa, permite o movimento axial. Desse modo, permite que os eixos se movimentem de variadas formas.
Essa versatilidade possibilita diferentes tipos de junta deslizante:
- Junta deslizante tipo VL – muito usada em carros com tração traseira
- Junta deslizante tipo tripoide – aplicada em veículos pesados e de carga
Principais componentes
- Eixos: como dito, a homocinética “junta” o semieixo do câmbio e o eixo das rodas.
- Rolamento: anel metálico com esferas de aço que tem como função ajudar a roda girar livremente e com o menor atrito possível.
- Coifa protetora: peça de borracha sintética que serve para evitar a contaminação do conjunto com poeira, areia, lama, água ou impurezas de modo geral.
Como saber se a junta homocinética está com problema?
A peça dá sinais de que pode estar com algum defeito no seu funcionamento. Tais falhas geralmente se apresentam na forma de ruídos estranhos quando o carro está em movimento.
Uma espécie de clique vindo das rodas durante uma curva pode indicar, por exemplo, problemas na superfície de rolamento das esferas da junta fixa. Já barulhos quando se acelera o carro em uma reta são sinais de falhas na junta deslizante.
Possíveis causas de problemas
Vários fatores podem prejudicar o funcionamento da junta homocinética. Veja os mais comuns:
- Caixa de direção descentralizada
- Veículo sem alinhamento e cambagem
- Automóvel rebaixado
- Excesso de carga
- Falhas na vedação da coifa
- Excesso de torque do motor
- Eixo danificado, empenado ou mal posicionado
- Lubrificação errada da peça
Manutenção da junta homocinética
Não é um componente que “quebra” facilmente, mas pede atenção, pois, como visto, a má conservação do carro pode afetar a peça. O ideal é seguir as revisões conforme determina o manual do proprietário.
Para carros com mais de cinco anos de uso e já fora da garantia, recomendam-se vistorias da peça a cada 10 mil km. Porém, ao menor sinal de ruídos e estalos vindo das rodas, o carro deve ser encaminhado a uma oficina mecânica especializada.
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