Tipos de cargas: principais tipos no transporte rodoviário

Basta pegar uma estrada para se deparar com os mais diferentes tipos de cargas de caminhões. Não só de todos os tamanhos, mas com implementos dos mais variados possíveis. Afinal, o transporte rodoviário responde por mais de 75% da movimentação de mercadoras do país e são vários os tipos de carga que cruzam o Brasil diariamente.

Essa variedade implica em caminhões de diferentes portes e com aplicações igualmente diversas. Mas quais são os principais tipos de carga que rodam por mais de 1,72 milhão de quilômetros desse país e como elas devem ser transportadas? É o que vamos explicar agora.

1 – Carga a granel

São as mercadorias secas, in natura e não embaladas. Enquadram-se nesse tipo de carga grãos, carvão, líquidos e cascalho, que pedem os chamados caminhões trucados (truck), carretas ou mesmo os veículos classificados como graneleiros, geralmente do tipo 6×2 e com capacidades de até 14 toneladas e PBT de 23 toneladas.

No Brasil, o mais comum nesta categoria é a movimentação de matérias-primas e commodities, como soja e minério de ferro, por exemplo. Esse tipo de transporte, quando sólido, é permitido em implemento aberto, porém é obrigatório o uso de lona de proteção para cobrir a carga, conforme prevê a Resolução 441 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Para organização dos produtos sólidos, também é possível dispor a mercadoria nos implementos rodoviários com uso de pallets. Já os líquidos precisam estar em um caminhão-tanque, caminhão cisterna ou caminhão pipa.

2 – Carga conteinerizada

As movimentações de caminhões com contêineres também são comuns nas estradas. A grande vantagem desse tipo de carga é justamente a versatilidade. As caixas podem armazenar diferentes produtos, inclusive frágeis ou refrigerados.

Além disso, os contêineres também têm uma funcionalidade na integração com outros modais. Eles podem ser transferidos de forma rápida para um trem ou navio, por exemplo.

3 – Carga frigorífica

Outro tipo de carga bastante comum nas estradas e nos centros urbanos, os implementos frigoríficos podem se dividir em dois tipos principais: perecíveis resfriados e congelados. Os perecíveis são produtos que pedem transporte mais ágil, já que têm data de validade, como hortifrutigrangeiros.

Diversos medicamentos também se enquadram nessa categoria. São substâncias que não podem ser expostas a variações de temperatura e devem ser mantidas sob controle. Nestes casos, os implementos dos caminhões são equipados com sistema de refrigeração capaz de manter a temperatura entre 0º C e -10º C, sem a formação de gelo.

Já as cargas congeladas são, em geral, alimentos que devem ser mantidos em câmaras frias com temperaturas inferiores, que podem chegar a -20º C. Carnes de boi, frangos e peixes, além de vegetais processados, costumam ser movimentados desta forma.

Devido ao tipo de carga, esses caminhões frigoríficos precisam de manutenção e higienização mais rigorosos e regulares. Qualquer problema no caminhão ou no sistema de climatização do implemento pode ocasionar variações de temperatura, contaminação do produto e perda da carga.

4 – Carga seca

São aquelas mercadorias que não necessitam de cuidados especiais nem de refrigeração. Alimentos embalados, processados e/ou industrializados, madeiras, materiais de construção, móveis etc se enquadram nesta categoria e comumente são transportados em caminhões baú.

5 – Carga viva

O transporte de animais vivos é comum nos setores pecuarista, veterinário e equestre. São os caminhões que levam para lá e para cá bovinos, aves, suínos e outras criações. Também pode ser usado para o deslocamento de cavalos e de animais silvestres em reservas ambientais. 

Esse tipo de carga deve respeitar o bem-estar do animal. Os bichos precisam ter espaço adequado para o seu porte e o compartimento tem que oferecer boa ventilação. 

6 – Carga perigosa

Você já deve ter ficado atrás de algum caminhão com aquele cilindro metálico e uma placa na traseira com o símbolo de fogo e os dizeres de produto inflamável. São os chamados caminhões-tanque em um dos muitos tipos de cargas perigosas que são transportadas pelas vias brasileiras.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) considera perigosa toda carga que possa colocar em risco a segurança das pessoas ou do meio ambiente. Líquidos e sólidos inflamáveis, pesticidas, produtos transportados a altas temperaturas, explosivos, substâncias tóxicas, radioativas e infectantes e corrosivos são alguns dos muitos produtos classificados desta forma. 

Por esta razão, só caminhões e implementos adaptados especialmente para esse tipo de carga podem fazer a movimentação desses produtos e substâncias. Além disso, devem ser dotados de equipamentos especiais de segurança – para o veículo e operador – e documentos específicos, tais como:

  • Certificados de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos (CTPP ou CIPP)
  • Certificado de Inspeção Veicular (CIV), no caso de transporte a granel
  • Documento para transporte de produtos perigosos com informações relativas à carga movimentada
  • Declaração do expedidor
  • Certificado de inspeção dos equipamentos de transporte

7 – Cargas frágeis

Um tipo de carga delicada e vulnerável que exige transporte bastante específico. Tais mercadorias devem ter sinalização de “frágil” nas embalagens e no próprio veículo, enquanto o implemento do caminhão não pode ter pontas soltas no piso ou qualquer inclinação. Enquadram-se como cargas frágeis, cristais, vidros, espelhos e louças.

8 – Cargas indivisíveis e excepcionais

Este tópico refere-se a máquinas industriais e equipamentos de grande porte. São peças que não podem ser levadas desmontadas, tais como guindastes, vagões, silos e construções metálicas.

Devido ao peso e dimensões desse tipo de carga, demanda caminhões especiais. As regras para as viagens também preveem sinalização especial, escolta e aviso prévio ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), conforme estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

9 – Cargas de veículos

Conhecido como caminhão-cegonha, é o responsável por levar veículos automotores, entre carros de passeio, picapes, furgões, motocicletas, chassis de ônibus e até outros caminhões. 

Os veículos devem ter equipamentos de amarração para que não haja risco de se deslocarem ou mesmo se desprenderam durante a viagem. Motos ou uma pequena quantidade de veículos também podem ser transportados em caminhões-plataforma, daqueles usados como reboque.

 

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