Gerenciamento de risco no transporte: como implementar corretamente

Gerenciamento de risco no transporte é imprescindível para reduzir problemas logísticos e garantir mais eficiência na frota. No Brasil, cerca de 60% das cargas circulam por rodovias, o que aumenta a exposição a atrasos, avarias, acidentes e roubos. Com um plano estruturado, o gestor de frota controla custos, cumpre prazos e eleva a qualidade da entrega.

O que é gerenciamento de risco no transporte de cargas

É o conjunto de práticas, rotinas e ferramentas que identifica, mede, trata e monitora os riscos desde a origem até o destino. Envolve logística, manutenção, pessoas, tecnologia e fornecedores, sempre com análise de custo-benefício para transformar riscos em vantagens competitivas.

Com um programa bem implementado, o gestor tende a:

  • Evitar custos extras com retrabalho, avarias, multas e horas paradas.
  • Cumprir janelas de entrega, preservando SLAs e contratos.
  • Garantir integridade de produto e serviço, fortalecendo a relação com o embarcador.

Riscos podem ser eliminados por completo

A eliminação total é rara. O objetivo é reduzir a probabilidade e o impacto por meio de mapeamento, prevenção e resposta rápida. Com estudo prévio e medidas adequadas, a operação se torna mais segura, previsível e eficiente.

Como identificar os riscos no transporte de cargas

O primeiro passo é mapear os riscos específicos da sua operação e classificá-los por impacto e probabilidade. Exemplos recorrentes do modal rodoviário:

Operacionais

  • Atrasos por congestionamentos, obras e restrições de circulação.
  • Produtos danificados por imperícia no carregamento ou amarração inadequada.
  • Rotas e horários incompatíveis com o veículo ou a carga.
  • Falhas mecânicas por manutenção corretiva.

Segurança viária

  • Trechos sem acostamento e sinalização deficiente.
  • Acidentes envolvendo terceiros e condução inadequada.

Segurança patrimonial

  • Roubo de cargas, fraudes documentais, desvios de rota.

Riscos por área

  • Propriedade: danos a veículos e instalações.
  • Ambiental: manuseio e transporte de produtos perigosos.
  • Material: integridade física e térmica da mercadoria.
  • Humano: fadiga, doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.

Crie um inventário de riscos com descrição, causa raiz, controles existentes e lacunas. Esse registro alimenta as próximas etapas.

Planejamento do gerenciamento de riscos

Use dados históricos e relatos da equipe para priorizar ações. Observe:

  • Condições das rotas principais e alternativas.
  • Plano de manutenção da frota e quilometragem entre intervenções.
  • Perfil dos colaboradores: currículo, histórico, avaliações técnicas e comportamentais.
  • Metas contratuais, prazos, janelas, requisitos especiais de temperatura ou umidade, quando aplicável.

Estratégias e ferramentas para reduzir riscos

Inspeções constantes

Implemente checklists de saída e retorno com registro de não conformidades. Verifique EPI e EPC, rotas de evacuação, iluminação, sinalização, layout e riscos de quedas ou colisões em armazéns e pátios.

Manutenção preventiva da frota

Respeite o plano de manutenção por tempo e quilometragem. Manter revisões e lubrificantes em dia reduz falhas e consumo. Caminhão parado significa atraso, custo e risco operacional.

Embalagem, unitização e manuseio

Padronize caixas, paletes e filmes adequados à carga e rota. Defina procedimentos de picking e conferência para reduzir avarias. Controle a altura de pilhas e os limites do equipamento.

Amarração da carga

Utilize cintas e ancoragens com capacidade compatível, pontos de fixação certificados e proteção de cantos. Audite a fixação antes da saída e nas paradas programadas.

Seguro de transporte

Trate o seguro como barreira financeira essencial. Revise coberturas, apólices, averbações e protocolos de sinistro. Integre o seguro ao plano de continuidade do negócio.

EPIs e treinamentos

Garanta o uso correto de capacete, óculos, luvas, colete e calçado. Realize treinamentos periódicos em ergonomia, manuseio, emergência e evacuação. Para cargas perigosas, siga os procedimentos e EPIs previstos em FISPQs.

Condução, jornada e fadiga

Aplique a direção defensiva e econômica. Gerencie a jornada com limites de direção e pausas regulares. Evite pressões que induzam a comportamentos de risco.

Monitoramento e planejamento de rotas

Atualize semanalmente as condições de pista, as obras, os buracos, as restrições e os riscos de roubo. Ajuste as janelas de embarque e descarga e defina rotas alternativas viáveis.

Escolta de segurança quando aplicável

Para cargas sensíveis, avalie a escolta com empresas de referência. Estabeleça protocolo de comunicação e contingência entre escolta, motorista e base.

Tecnologia a favor da operação

Use telemetria, rastreamento e bloqueio com alertas de rota, parada, velocidade e abertura de portas. Plataformas de gestão de risco geram heatmaps, classificam ocorrências e automatizam planos de ação. Integre dados de manutenção, rota, consumo e incidentes.

Indicadores de controle que importam

Monitore continuamente e ajuste as ações conforme os dados:

  • OTIF On Time, In Full por cliente e rota.
  • Avarias por mil entregas e custo por ocorrência.
  • Taxa de incidentes de segurança por 100 mil km.
  • Paradas não programadas por 10 mil km.
  • CPK de manutenção e pneus custo por quilômetro.
  • Conformidade de checklist e pressão de pneus.
  • Desvios de rota e excesso de velocidade por motorista.

Resposta a incidentes e continuidade

Mantenha um playbook de incidentes com contatos, responsabilidades e passos de comunicação. Realize simulados para validar tempos de resposta. Após cada evento, conduza à análise da causa raiz e implemente contramedidas com prazo e responsável.

Próximos passos práticos

  1. Construir o inventário de riscos com impacto e probabilidade.
  2. Rodar um diagnóstico de maturidade, manutenção, rotas, pessoas, tecnologia.
  3. Implementar checklists, plano de amarração e telemetria básica.
  4. Definir KPIs e criar um painel mensal por rota e cliente.
  5. Revisar a apólice de seguros e o processo de sinistros.
  6. Programar auditorias trimestrais e reuniões de lições aprendidas.

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