Lubrificante automotivo: qual é o ideal para o meu cliente?

Óleo mineral, sintético ou semissintético? Qual o desempenho e viscosidade de cada um? Essas são algumas das perguntas mais frequentes dos clientes na hora de comprar um lubrificante automotivo, certo?

Ter as respostas na ponta da língua é muito importante para explicar a eles a melhor escolha e oferecer o produto mais adequado para o veículo.

Neste post, ensinaremos as melhores formas para escolher o lubrificante automotivo ideal para o seu cliente. Boa leitura!

Tipos de lubrificantes automotivos

A primeira e mais importante característica a ser observada em um óleo lubrificante é a diferença entre os três tipos presentes no mercado: óleo lubrificante mineral, sintético e óleo semissintético.

O processo de obtenção dos óleos é a principal diferença entre óleos minerais e óleos sintéticos e semissintéticos.

A seguir, saiba mais sobre cada tipo e suas características.

Óleo Lubrificante Mineral

O óleo lubrificante mineral é produzido a partir da combinação de óleos básicos minerais e aditivos.

Esse é o tipo mais comum do mercado – além de ser mais barato – e sempre foi muito utilizado desde os primórdios da evolução dos motores a gasolina e diesel. Suas qualidades e propriedades são determinadas pela origem do petróleo cru utilizado em sua obtenção, bem como na viscosidade desse petróleo base.

Ainda assim, em inúmeras situações, o uso de óleo mineral requer aditivos para que se alcance seu real potencial e performance na lubrificação do motor.

O ponto positivo do óleo mineral é que sua viscosidade se adapta às diferentes temperaturas do motor, tanto frio quanto quente.

Um dos problemas ao utilizá-lo é a necessidade de trocá-lo com uma quilometragem bem menor se comparada aos óleos sintéticos ou semissintéticos.

Isso interfere na economia e custos de manutenção.

As principais características do óleo lubrificante mineral são:

  • Menor custo;
  • Atende às exigências de motores mais antigos;
  • Menor durabilidade, o que faz com que a troca seja mais frequente.

Óleo Lubrificante Sintético

É aquele produzido a partir da combinação de óleos básicos sintéticos e aditivos.

O moderno processo de produção dos óleos lubrificantes sintéticos oferece a eles características mais robustas que os minerais.

Esta categoria de lubrificante possui excelente performance em condições severas de uso, como trânsito pesado e constantes variações de temperatura.

Além disso, oferece a melhor relação custo x benefício para os motores modernos que rodam nas ruas e estradas do país.

São estas as principais características dos óleos sintéticos:

  • Maior durabilidade;
  • Maior lubrificação do motor;
  • Impede a formação de borra;
  • Maior resistência à oxidação;
  • Substitui óleos minerais e semissintéticos, com melhoras na performance do motor;
  • Ideal para carros com motores modernos;
  • Pode gerar economia de combustíveis (se forem de baixa viscosidade).

Óleo Lubrificante Semissintético

É composto por aditivos e pela mistura proporcional de óleos minerais e sintéticos.

Óleos semissintéticos buscam o equilíbrio em valor de produção – consequentemente, no valor de venda.

Isso ocorre porque esta categoria de lubrificante utiliza componentes sintéticos, mais caros, juntamente com o óleo mineral, mais barato e acessível.

Muitas vezes, o óleo semissintético é uma boa opção para motores que utilizam o óleo mineral. O custo é acessível e apresenta bons resultados se comparado ao mineral.

Esta categoria de óleo apresenta performance excelente junto à grande maioria dos atuais motores disponíveis no mercado.

As principais características dos óleos semissintéticos:

  • Preço intermediário, proporcionando boa relação custo/benefício;
  • Durabilidade intermediária entre os lubrificantes minerais e os sintéticos;
  • Podem gerar economia de combustíveis (se forem de baixa viscosidade).

Classificação API

A API – American Petroleum Institute é a organização que estabelece os requisitos mínimos de desempenho para óleos lubrificantes para motores.

Sua função é classificar os lubrificantes em dois grupos:

  1. Lubrificantes para motores leves, motores a álcool, gasolina e GNV.
  2. Lubrificantes para motores pesados, à base de diesel.

A classificação API é estabelecida de acordo com a performance do lubrificante em vários testes e fica determinada por um conjunto de 2 letras sempre apresentadas na embalagem.

A primeira letra sempre será “S” para lubrificantes de motores leves (gasolina, álcool e GNV) e “C” para lubrificantes para motores a diesel.

A segunda letra se refere à severidade do lubrificante. Quanto maior a letra (seguindo a sequência do alfabeto), mais robusto é.

Explicando de modo mais simples: um produto API SL é mais robusto que um SJ, que, por sua vez, não é tão robusto quanto um SM, e assim por diante.

Funciona da mesma maneira para veículos com motor movido a diesel. Por exemplo, lubrificantes CI-4 são mais desenvolvidos que um CH-4.

Como você pode notar, o “I” vem depois do “H” no alfabeto. É especialmente importante você entender essa regra para não ter mais dúvidas com relação a essa classificação.

Dessa maneira, você estará apto a explicar ao cliente as razões para escolher um lubrificante no lugar de outro.

Nos dois casos, é fundamental entender a recomendação do fabricante de cada veículo com relação ao óleo lubrificante. Mas lembre-se: não se deve usar a classificação API anterior à recomendada.

Por exemplo, não é indicado um SJ se o manual do veículo especificar um óleo SL. No entanto, não há problema em fazer o contrário.

Usar um lubrificante com desempenho SN para carros que estão acostumados com SJ não causará danos, muito pelo contrário, poderá entregar boa performance e bons resultados.

Viscosidade

A viscosidade indica a fluidez do óleo quando em determinada temperatura. Um lubrificante flui com mais dificuldade no frio do que no calor.

Quem define a viscosidade de cada óleo lubrificante é o grau SAE – criado pela Society of Automotive Engineers ou Sociedade dos Engenheiros Automotivos.

Quanto maior o grau SAE do óleo, maior a viscosidade. Portanto, um lubrificante SAE 40 é menos viscoso que um SAE 50.

A maioria dos carros trabalha com óleos multiviscosos. Para entender sua capacidade de se adequar às temperaturas, vamos pegar como exemplo um óleo lubrificante SAE 20W-50.

Ele é fluido como um 20W quando a temperatura está baixa (na partida do motor) e tão viscoso quanto um SAE 50 em picos de calor no motor (carro em movimento).

Agora, digamos que o cliente está usando um óleo SAE 15W-40, indicado no manual do veículo. Não há problema em usar um lubrificante SAE 5W-40 ou 10W-40.

Por outro lado, um SAE 20W-40 não serviria nesse caso por ser viscoso demais no momento da partida e não apresentar a fluidez correta para alcançar todos os pontos de lubrificação.

Da mesma forma, um SAE 15W-50 é muito viscoso e poderia prejudicar a economia de combustível, causando aumento de temperatura.

Isso resultaria no envelhecimento precoce do lubrificante, trazendo riscos aos componentes lubrificantes do motor.

Siga o manual do proprietário do veículo para escolher o lubrificante automotivo ideal

Então, como escolher a classificação API ou viscosidade SAE ideais para o carro do cliente? A resposta é bastante simples: sempre pelo manual do proprietário do veículo. Essa é a melhor orientação possível.

Além de trazer informações sobre o nível de desempenho e da viscosidade do óleo lubrificante ideal, esse documento se refere às normas específicas de cada montadora que o óleo lubrificante deve atender.

Um produto que resolva os problemas do cliente e cumpra o prometido é a chave para que ele volte daqui a seis meses na sua troca de óleo.

 

Em nosso blog, você encontra conteúdos para ajudar em sua jornada de informação e estimular o desenvolvimento do seu negócio.

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22 comments

  1. Jose lucio says:

    óleo tem a função de lubrificar o motor, as partes internas do motor e não vejo diferenças na parte interna dos motores eles não possuem folgas são extremamente justo, se tiver folga é porque já ta muito rodado e ai o óleo não faz diferença. outra coisa antes os lubrificantes tinham quilometragem não vi nenhum comentário sobre isso. Obs: vocês ganham para comentar.

  2. JOSÉ LUIZ FERRAZ says:

    Muito instrutivo. Geralmente no posto de combustiveis/troca o frentista/atendente não sabe nada e se vc não tiver essas dicas pra comprar o produto correto, poderá causar danos ao seu veiculo.

  3. Márcio Farias says:

    Boa noite, esse e um assunto que sempre geram dúvidas, principalmente quando a própria montadora resolve aplicar um óleo diferente do manual, possuo um antigo que recomenda o uso do Castrol 20w50 GTX ou um SLX que nas minhas pesquisas era um sintético mas o manual não define a viscosidade deste último. Porém hoje, ele aplica somente um semi sintetico 10W30, neste caso o que você recomendaria.

    • Murilo Coimbra - Time de Especialistas Texaco says:

      Olá, Marcio! Tudo bem?

      As montadoras podem recomendar mais de uma viscosidade SAE 20W-50, 10W-30 e 5W-30 isso era comum em veículos mais antigos.

      Enquanto fabricante de óleo, fazemos sempre produtos que as montadoras exigem como especificação mínima de atendimento. Informe o veículo marca e modelo e ano de fabricação que podemos lhe auxiliar na indicação do lubrificante mais adequado.
      Abraços!

    • Especialista Texaco says:

      Oi, Adilson. Tudo bem?
      Sem problemas! Pode migrar para um semissintético SAE 15W-40 API SL.
      Agradecemos o comentário!

  4. Antonio Luiz says:

    Matéria bastante esclarecedora. Parabéns!
    Os fabricantes dos veículos estipulam a quilometragem e prazo para a troca do óleo do motor, exemplo do meu carro, trocar com 10.000 km ou 12 meses.
    Utilizo o carro predominantemente na cidade e rodo pouco, em média 6.000 km/ano. Gostaria de saber se devo cumprir a troca do óleo a cada 12 meses ou a cada 10.000 km.
    Agradeço pela informação.

    • Especialista Texaco says:

      Oi, Antonio. Tudo bem com você?
      Sempre pelo que ocorrer primeiro, no seu caso é o tempo. Beleza?
      Pra qualquer dúvida, você pode procurar a gente.
      Abraços!

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